Não sei exatamente como começar... Talvez conto-lhes como é o começo da vida segundo Darvin, ou começo pelo começo de que eu me entendo, aquele começo que eu comecei ao entender que viver é apenas um instante e abandonei minha existência e meus medos de lado. Viver e Existir, antônimos parecidissímos de fato. Não se vive se apenas se existe. Mas ainda volto para o começo que parei e não comecei, o começo depois da pré-história (como diria a linda Clarice - Como começar a história se antes da história havia a pré-história e antes da pré-história havia uma pré-pré-história), abro-te sésamos e seja o que algum ser superior deseje.
Será que deveria começar falando da vida? Falando da margem da sociedade? Ou talvez do quanto é facil se encantar pelo que reluz? Ah que nada, vou falar de um dos meus escritores favoritos, também filósofo. Ruflem os tambores, estou falando de Sartre claro.
Há um livro que eu vi dele chamado Entre Quatro Paredes, que mostra o inferno, não como um poço de larva, fogo, tortura, e "joguem os cachorros em cima deles e brinquem com os ossos", mas sim um inferno diferente do tradicional; na verdade, o inferno de Sartre é um salão decorado no estilo segundo império romano com alguns objetos significativos, tendo como único indicio o calor intenso e nada mais; neste salão há a convivência de três pessoas formando mais ou menos um triângulo amoroso. E então daí surgiu a famosa frase do tio Paul - O inferno são os outros. No entanto, como Sartre mesmo diz, esse termo é mal compreendido pois muitos crêem que o relacionamento com o outro é culposo, repulso e envenenado e assim são relações infernais, no então o que ele quis mostrar fora uma coisa diferente. Veja abaixo um trecho de uma entrevista que fizeram com ele:
" - Ora, o que pretendo mostrar é coisa muito diferente. O que quero dizer é que se nossas relações com o outro estão distorcidas, viciadas, o outro não pode ser senão o inferno. Por que? Porque os outros são, no fundo, o que há de mais importante em nós para o conhecimento de nós mesmos. Quando pensamos em nós, quando buscamos nos conhecer, usamos, no fundo, os conhecimentos que os outros já produziram sobre nós. Nós nos julgamos com os meios que os outros nos deram para nos julgar. O que quer que eu diga sobre mim, sempre o julgamento do outro vive em meu íntimo. "
Encerro agora, Ladies and Gentlemen, com um acenar e aperto de mãos meus caros Capitions, lembrem-se: Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer.
H.Q. [leaozinho]
Post feito pela nossa outra escritora, amiga e pequena Vick. Ela ta com problemas com o blogger, por isso eu to postando para ela. xD Well. Amei. *o*
Nossa, muito bom!
ResponderExcluirMas vê se posta algo também, haru!
E sim, o inferno são os outros rs
See ya space cowboys!